Páginas

sábado, 9 de abril de 2011

Aprendendo na agonia: Pudim

Domingo eu assisti o filme Julie & Julia pela terceira vez e sempre que eu assisto fico pensando na determinação para atingir um objetivo, que faz Julie cozinhar depois de um longo dia de trabalho. Ela chega em casa 21h, 22h e vai cozinhar!! Sério, me sinto super preguiçosa quando vejo isso.

Então tomada por este espírito mulher-moderna-que-trabalha-cozinha-cuida-da-casa-blá-blá-blá cheguei em casa quase 20h, depois de um engarrafamento duzinferno que toma conta do Recife na hora que mais se quer chegar em casa, e inventei de fazer alguma coisa! “Mas essa hora?”, “Sim, essa hora”.

Atendendo aos pedidos de papis que não aguenta mais eu fazendo coisa com chocolate, fui fazer um pudim, afinal, já ouvi por aí que pudim “é muito fácil de fazer”, “foi a primeira receita que aprendi”, “quando tiver com preguiça de cozinhar, faça um pudim”. Então fui pro caderno de receitas de mami, quando ela me disse que não tinha no caderno, só na cabeça! (A partir daí preste atenção no envolvimento dela nesta receita que devia ser feita por MIM.)

Então tá. “Diga aí a receita pra eu anotar e vá pra sala”:

Ingredientes:
1 lata de leite condensado
2 latas de leite (o leite normal na lata de leite consensado, saca?)
3 ovos inteiros
1 colher de sopa de maisena

Modo de fazer: Caramela a forma. Bate tudo no liquidificador, coloca na forma e cozinha em banho-maria por uns 45 minutos.

- Quanto de açúcar coloco na forma?
- Ahhh... aí eu só sei de olho.

E tome açúcar na forma. Porque era pra caramelar (ou seria caramelizar?) o açúcar na própria forma. Sempre a vi fazendo isso na maior tranquilidade, como se o fogo nem estivesse ali. Claro que a minha inexperiência apareceu bem nessa hora e o resultado foram dedos quase queimados e, claro, um pedido de socorro.

Forma pronta, massa feita, mami colocou a água na panela (“nessa que cabe a forma certinha”), água que não podia ser muita para não derramar dentro do pudim quando estivesse fervendo, colocou um tiquinho de vinagre (“pra panela não ficar preta”), colocamos a forma dentro da panela, colocamos a tampa (“tem que abafar”), marquei 40 minutos...

Então a panela ficou lá batendo como se tivesse alguma coisa viva dentro dela. (Impossível não lembrar a cena que Julie vai cozinhar lagostas... mas a minha versão de coisa-viva-na-panela é de pobre – era só um pudim.) E depois de algum tempo, quando fui dar uma olhadinha, a água estava entrando no pudim! Há quem diga que não, mas eu VI! E tive certeza que a coisa toda ia ficar com gosto de vinagre.

Depois dessa cena, Maria Agonia (minha mãe) disse que já estava bom, mesmo estando um tiquinho mole ainda. Tiramos do fogo e, mesmo eu dizendo que queria deixar esfriar para desenformar, fui quase obrigada a fazê-lo ainda morno – ou isso ou ela mesma desenformava.

Então é isso. Hoje não tem foto. Vou só dizer que o pudim ficou todo quebrado e aí vocês criam uma imagem na cabecinha de vocês, assim, quem sabe, não sai melhor do que o próprio “Quasimodo, O Pudim”.

Ah, já ia esquecendo: não, não ficou com gosto de vinagre e, apesar de todos os atropelos, ficou gostoso! Não sobrou nadinha pra contar a história!

8 comentários:

Vanessa disse...

Eu também acho pudim algo muito fácil de fazer.
A diferença do seu pudim pro meu é que eu não coloco essa colher de maisena e eu faço ele no forno (coloco em banho maria e cubro com papel alumínio para cozinhar, depois tira o papel alumínio e deixa mais um tempinho para dourar).
Nunca tinha pensando na possibilidade de faze-lo dentro de uma outra panela.

ps.: Agora, além da pimenta, estou plantando menta. ^^

Beolina disse...

Sua receita e modo de preparar são bem diferentes do jeito que eu faço também... eu não uso maisena e coloco só uma lata de leite normal. Também não faço em banho-maria, só coloco a forma coberta com papel alumínio no forno pré-aquecido por uns 40 min. E na preguiça de caramelizar o açúcar, eu uso mel karo, q faz o mesmo efeito =)

vera lúcia disse...

Ninha mesmo vc me chamando de Maria agonia, conte comigo para fazer outro pudim, dígno de sair na foto, aquele não dava. E depois dizer que foi receita da mami pode queimar o meu filme. E de certa forma vc tem razao eu concordo que sou mesmo um pouco agoniada, kakaka

Nara disse...

Mami, nem se preocupe que não queima seu filme de cozinheira de mão cheia não, afinal quando você faz o pudim (sem mim) ele funciona, né! E claro que vai ter um repeteco, pelos comentarios das meninas aí é mesmo a coisa mais fácil do mundo.... Ou eu consigo fazer, ou não me chamo Nara! Questão de honra!

Meninas, minha vó tem até uma panela específica pra fazer pudim, panela com a forma...

Bea, como assim mel karo?? Só lambuzar a forma é? Sem dedos queimados?? Isso é genial ou a lei do menor esforço?

Vanessa, minha horta miou nessa 2 temporada, acredita? Vou comprar novas sementes ainda...
E a pimenta, já colheu? Quero ver essa plantaçao, hein!

=)

Bru disse...

Olhe, era pra vc colocar a foto do pudim!

Beolina disse...

Eu acho que usar mel karo é genial E agente economizador de esforço. Tenta aí e vê se não fica bom igual?

Eu nem sabia que existia panela PARA pudim!

Nara disse...

Bruna, é bom ver o coleguinha pagando mico né? =P

Bea, é só lambuzar a forma, é isso mesmo??

Beolina disse...

Isso mesmo: lambuzou, tá pronto.

Postar um comentário

Tem lugar melhor pra bater papo do que a cozinha? =)