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quinta-feira, 28 de julho de 2011

O chocolate quente lá de casa

Esfriou. Tá bom, aqui em Recife não esfriou tanto, mas calooor também não tá, né? E não que eu precise de frio pra tomar chocolate quente (porque aqui chocolate vai bem a qualquer hora), mas no friozinho, pra aquecer o coração, é bom, concorda?! Afinal, nem só de café vive o homem!

Vocês sabem que antes desse blog minha experiência na cozinha era tipo... nula. Mas ó, deixa eu te dizer, eu tinha minhas receitinhas de sobrevivência! Nos meus tempos de estudante (falou a idosa!), uma coisa que eu sabia fazer, e as pessoas aproveitavam-se da minha boa vontade, era o chocolate quente. Aprendi com mami, claro!

Copa do mundo de 2002 lá no Japão. Jogos de madrugada. Meio do ano, aquele friozinho bom... qual o melhor acompanhamento senão um chocolate quente? Então era assim, Galvão dava um intervalozinho pros nossos ouvidos e lá estava eu na cozinha de vóvis com uma panela de chocolate quente para no mínimo 4 pessoas, aquecendo a barriga na beira do fogão. E olhe que deu sorte!

Eu bem sei que devem ter milhões de outras maneiras de se fazer e que o meu não fica igual ao dos cafés requintados da cidade, mas mata aquela vontade de chocolate e aquece a alma muito bem. E o melhor é que a “receita” é individual. Ou seja, em 10 minutinhos você tem uma porção de gordice só pra você!

Eu faço assim: começo escolhendo a caneca mais bonita da casa (porque é pra mim e pra mim tem que ser bonito, vocês sabem...). Coloco na panela uma caneca de leite, mais ou menos duas colhes de achocolatado (vulgo, Nescau) uma pontinha da colher de açúcar – isso deve ser uma colher de chá (mas pra quê sujar outra colher?! Haha) e uma colher de sopa rasa de amido de milho (a boa e velha, Maizena). Vou mexendo até engrossar um pouquinho e tiro quando começa a ferver. 

O lance é: se não engrossar nada é porque a maisena foi pouca e para adicionar mais é preciso diluir em um pouco de leite pra não empelotar (se empelotar vai ficar uma droga – falo por experiência própria). E se colocar demais pode acabar virando cremogema de chocolate!

O chocolate quente daqui a gente faz assim, e aí, como vocês fazem?

domingo, 24 de julho de 2011

Sequilhos - O retorno

Na última sexta-feira eu cheguei em casa afim de fazer alguma receita e, finalmente, voltar a postar aqui no blog. Perguntei a Nara se ela tinha alguma sugestão e ela me indicou duas receitas do blog Quitandoca, que, por sinal, achei bem legais. Eu tinha pouco tempo e muita pressa, optei então pela receita mais simples e que sempre gostei muuuito: sequilhos!

A
receita é muito simples, bem mais do que eu imaginava até, e ela explicou super bem. Porém, eu não obedeci à dica “Se você perceber que está muito seco, adicione aos poucos (bem aos poucos mesmo) água”, e coloquei uma quantidade feiosa e de uma vez só. Resultado: a massa ficou parecendo uma papa e ficou impossível fazer as bolinhas, nasceram os "molhadilhos". Se eu tivesse seguido passo a passo, tenho certeza que daria certo.

Para deixar a massa com cara de bolinhos, peguei duas colheres e forcei a situação. Até que minha estratégia deu certo. Pedi ajuda a minha mãe também, porque o tempo passava e eu sofria para desgrudar os molhadilhos da colher. Conseguimos encher a bandeja e colocamos a primeira fornada.

Huston, temos um problema (minha singela homenagem aos ônibus espaciais norte americanos). A massa cresceu e – como eu havia colocado tudo muito próximo e com muita água – os molhadilhos viraram uma grande bolacha. Reconheci meu erro e desisti da receita. Estava atrasado para encontrar o pessoal da faculdade de Jornalismo no Mercado da Madalena, tinha que ir embora. Antes, porém joguei um punhado cheião de farinha de trigo na massa que havia sobrado, para dar uma maior consistência, como havia sugerido minha mãe.


Pronto, passei a responsabilidade toda para minha genitora: tirar a primeira fornada e fazer a segunda. Fui embora comer fava com carne de sol e queijo no Mercado.


Ficaram feinhos, mas o gosto estava bom


SURPRESA
Quando voltei do Mercado, os molhadilhos haviam virado sequilhos. eles estavam lá, sequinhos. Minha mãe disse logo que haviam prestado, que não estavam muito bonitos, mas estavam bons. De fato, eu gostei demais! Todo mundo que provou, aprovou e eu não perdi a receita.

Ah, o principal, aprendi algumas lições básicas com essa receita:
1-Obedeça as orientações das receitas, elas são fundamentais nos resultados;
2-Não faça uma receita se não tiver o tempo necessário para ela;
3-Não abandone a receita antes de provar o resultado;
4-Se tiver aprendendo a cozinhar, não passe muito tempo sem fazer nada, pois você acaba esquecendo as lições que você já ouviu duzentas vezes.