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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Sunomono de Kani - Demorou mas chegou!

Sabe quando você pensa em uma coisa e consegue melhor que a encomenda? Pronto, foi o que aconteceu com essa receita. E duas vezes. A primeira: muita gente que fala com a gente sobre o blog pede saladas e receitas menos calóricas, então decidi fazer uma salada (e, melhor ainda, japonesa), o famoooso sunomono. A segunda: iria fazer um sunomono simples (só com pimentão japonês), pois estava certo que não iria encontrar kani kama no supermercado. Será que deu certo?

OS INGREDIENTES

Está vendo aquele pepino normal que v
ocê tem na geladeira? Guarde para outra receita. Sabe aquele vinagre de álcool que você tempera as carnes? Não serve. E o gergelim? É bom que seja torrado. Ou seja, para que você faça um sunomono decente é preciso ter os ingredientes certos.

Eu sei que várias vezes eu f
alei aqui que é para improvisar e tal, mas as vezes vale a pena vencer a preguiça no domingo à tarde e sair para gastar dinheiro pensando numa receita. Onde eu quero chegar: gergelim torrado (R$ 11,00), vinagre de arroz (R$ 5,60), pepino japonês (R$ 3,20) e Kani Kama (R$ 4,70) faz da brincadeirinha de cozinheiro (R$ 24,50) algo relativamente muito menos econômico do que ir ali num restaurante japonês.

A RECEITA

Fiz a primeira receita que encontrei no Google, no site
PtitChef. Depois fui procurar outras e encontrei diferentes medidas – principalmente do vinagre. Vamos à receita:

Ingredientes:

250 ml de água
150 ml de vinagre de arroz ou maçã
2 e 1/2 colher de sopa de açúcar refinado
1/2 colher de chá de sal
3 colheres de chá de óleo de gergelim
4 colheres de chá de gergelim preto tostado
1 pepino comum grande ou 2 pepinos japoneses
4 tabletes de kani


Corte o pepino em rodelas bem finas, usei um mandarim (aqueles fatiadores com uma lâmina). Reserve.

Corte o kani em pedaços pequenos ou desfie (prefiro em pedaços). Reserve.

Coloque em um refratário a água, o vinagre, o açúcar, o sal e o óleo, mexa bem, acrescente o pepino e leve a geladeira por 1 hora ou por 30 minutos no congelador. Aliás, podendo deixar mais tempo, melhor, pois o sabor se intensifica.

Como sempre, dá trabalho fatiar os legumes. Não tenho prática nem (no momento) faca amolada, mas até que foi rápido. Nara me ajudou.


O Kani demora a descongelar, então vale a pena pensar na receita com uma certa antecedência.



O RESULTADO
O prato ficou muito colorido e apetitoso. A receita rede duas porções. Infelizmente não encontrei o óleo de gergelim e fiz sem ele
mesmo. Não sei se por isso ou por ter deixado o pepino por muito tempo no vinagre, a salada ficou com um gosto um pouco forte.


Para quem gosta está ótimo, mas acredito que – como não usei o óleo de gergelim para equilibrar – um pouco menos de vinagre ficaria melhor. A verdade é que quase agora toda noite eu chego em casa querendo comer sunomono.

sábado, 6 de agosto de 2011

Seguindo o cheiro – Bolo de maçã com canela

Numa segunda-feira dessas já acordei ouvindo a ladainha “as maçãs vão estragar, eu compro e vocês não comem blábláblá”. Toda mãe canta isso? Ou é só na minha casa? Será que é só na minha casa que ninguém lembra que as maçãs existem? Nada contra, até gosto das bichinhas, mas só me lembro que existem dentro da minha cozinha 1. se as vi chegarem 2. se estão super a mostra ou 3. se a ladainha já começou.

E quando a ladainha começa, a minha cabecinha associa logo que elas estão murchas ou muito passadas, tadinhas. E então o fim delas é sempre muito triste.

Mas nessa segunda feira incomum lembrei que já tinha visto algumas receitas com maçãs nessas minhas andanças virtuais e acabei reencontrando uma receita de bolo no
Projeto 801 com uma cara ótima e uma promessa de que a casa ficaria com um cheirinho incrível de canela enquanto estivesse assando.


Ingredientes:
4 maçãs
3 ovos
2 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de açúcar
1 copo americano de óleo
1 colher de sopa de fermento em pó
Para polvilhar: 2 colheres de sopa de açúcar e 1 de canela em pó.

Modo de fazer:
O primeiro passo é descascar todas as maçãs. Depois, corta 3 delas em cubinhos. A quarta, é só cortar em 4 partes. No liquidificador, a gente bate os ovos, a maçã cortada em pedaços maiores, o açúcar e o óleo. Em uma tigela, misturamos a massa batida no liquidificador com a farinha de trigo, os cubinhos de maçã cortados e, então, o fermento. Daí, colocamos em um tabuleiro/forma retangular (30 cm) untado e polvilhado com farinha de trigo. Polvilhamos toda a superfície da massa crua com a mistura de açúcar e canela. Feito isso, só levar para o forno pré-aquecido, por uns 30 – 40 minutos, dependendo do forno. Para saber a hora certa de tirar, faz o velho teste do palito: espeta o bolo, se o palito sair limpo, tá pronto.

A receita é bem simples e foi super tranqüila de fazer, sem nenhum acontecimento extraordinário. Até a hora de colocar no forno. É, porque digamos que a forma não ficou totalmente proporcional à quantidade de massa e aquele super cheirinho de canela que inundaria a casa inteira, chegaria no nariz da vizinha e me deixaria orgulhosa, foi substituído por um cheirinho de queimado bem inconveniente. Pois é, derramou. Cagou o forno todo. Não fosse Mami tão tímida, eu teria tirado uma foto da cara dela diante deste fato lastimável... cômico, não fosse trágico. Eu podia dizer que a minha colher de sopa de fermento foi um tanto gorda, mas tá na cara que a culpa é da forma. A culpa é todinha da forma.

O bolo derramar no forno é aquela coisa: não pode abrir pro coitado não murchar e a desgraça ser maior, daí é agüentar o cheiro chato e as perguntinhas “tem alguma coisa queimando?”. Paciência. Respira fundo e assuma a própria demência. E aí então você reza. Reza pra, apesar de tudo, prestar.

 
Sabe esse biscoito aqui de maçã com canela? Pronto, o bolo tem esse gostinho, só que os pedacinhos de maçã deixam um molhadinho super leve e a canela com açúcar em cima fica uma delícia. Aqui em casa ninguém nunca tinha comido bolo de maçã e adoramos. Já foi pra minha listinha de Top Bolos!

Feito o doce sustentável de banana deu uma sobrevida às bananinhas passadas, acho que agora as maçãs não vão mais morrer indigentes.


PS: eu podia ter tirado foto da coisa toda derramada, feito fiz com o bolo de caneca, mas dessa vez a minha dignidade falou mais alto.